terça-feira, 13 de novembro de 2018

Hoje é aniversário da "Reforma" Trabalhista

Hoje a reforma trabalhista completa um ano.
Nossos governantes conseguiram vender a ideia à população de que quem freia a economia são os trabalhadores celetistas, em um País em que o um servidor público ganha 67% a mais do que um trabalhador da iniciativa privada.
Em outras palavras, o maior freio da economia (o próprio Estado), em uma verdadeira arte da guerra aplicada, fez com que seu inimigo se virasse contra o seu próprio inimigo, ou seja, a população contra os próprios trabalhadores. E deu certo.
Em um País em que os mais pobres pagam mais impostos, onde o empregado que processa a empresa é colocado na “lista negra” do mercado, tiveram a petulância de culpar nossos trabalhadores que demandavam direitos mínimos. Postulava-se em juízo pela dignidade do trabalho.
Deputados e Senadores que custam mais de 10 bilhões por ano aos cofres públicos, com seus auxílios e suas aposentadorias especiais, jogaram nossos trabalhadores em uma fogueira.
Nossos parlamentares que em 2019 ganharão um salário de 40 mil reais querem opinar sobre os problemas do trabalho médio, que ganham em média um ou dois salários mínimos. Quantos desses parlamentares de fato trabalharam com carteira assinada ou sabem o que é viver com 1.500 reais por mês?
Os pequenos empresários brasileiros, que movimentam um terço do PIB nacional, também são igualmente vítimas dos altos custos e ineficiência do Estado.
É evidente que muitos eram os abusos praticados na justiça do trabalho e parcela dessa culpa deve ser atribuída inclusive a alguns advogados, que abusavam dos direitos conferidos ao trabalhador, como o da assistência judiciária gratuita para fazer requerimentos absurdos e gerar altos custos as empresas, valendo-se da estratégia do “vai que cola”.
A reforma deveria ser feita, sim, mas enterraram a Justiça do Trabalho. Hoje trabalha-se com menos da metade do número de ações de outrora.
Permitiu-se a terceirização da atividade fim das empresas, “reformaram” a CLT, liberaram a “pejotização”, pretendem extinguir o Ministério do Trabalho, e por aí vai...
Ao Estado, deixo meu alerta: se vocês retrocedem as leis trabalhistas e apagam séculos de lutas, essas lutas podem voltar à tona nos dias atuais. Não se esqueçam dos franceses que jogavam seus “tamancos” (sabot) de madeira nas máquinas durante a Era da Revolução Industrial (século XIX) e deram origem a palavra “sabotagem”.
Fonte:jusbrasil

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