Economia cai 0,5% e resultado fica abaixo da projeção pelo governo
Resultado foi o pior em mais de quatro anos e somou R$ 1,2 trilhão.
A economia brasileira caiu 0,5% no terceiro trimestre deste ano na comparação com o trimestre anterior.
Segundo a Agência Brasil, essa é a pior queda desde o primeiro trimestre de 2009, quando houve recuo de 1,6%.
O PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todas as riquezas produzidas no País — havia se mantido estável no primeiro trimestre deste ano e crescido 1,8% no segundo trimestre.
Já em relação ao terceiro trimestre de 2012, houve uma alta de 2,2%. Abaixo do divulgado nesta segunda-feira (2) pelo ministro da Fazenda Guido Mantega.
Em um evento, ele havia dito que “o crescimento do PIB no terceiro trimestre sobre o terceiro trimestre de 2012 está projetado em 2,5%”. O PIB chegou a R$ 1,21 trilhão em valores correntes, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No acumulado dos quatro trimestres terminados no terceiro trimestre de 2013, o PIB registrou crescimento de 2,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Já no resultado acumulado do ano até o mês de setembro, o PIB apresentou aumento de 2,4% em relação a igual período de 2012.
Comparação entre o terceiro e o segundo trimestres deste ano
Nessa relação, houve uma queda da agropecuária de 3,5%. Já a indústria (0,1%) e os serviços (0,1%) ficam praticamente estáveis. Entre os subsetores, há um destaque para a construção civil, que ficou negativa (-0,3%) e para as atividades imobiliárias e aluguel (-0,2%). Já o consumo das famílias cresceu 1,0%.
Relação entre os terceiros trimestres de 2013 e 2012
Nessa comparação, houve um crescimento dos serviços (2,2%) e da indústria (1,9%), influenciados pelo aumento da produção de máquinas e equipamentos e pelos transportes, armazenagens e correios. Já a agropecuária recuou 1,0%. Essa variação negativa foi resultado do desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no terceiro trimestre, como laranja (-14,2%), mandioca (-11,3%) e café (-6,9%).
A despesa de consumo das famílias cresceu 2,3%, sendo a 40ª variação positiva consecutiva nessa base de comparação. Um dos fatores que contribuíram para este resultado foi o comportamento da massa salarial real, que teve elevação de 2,1% no terceiro trimestre de 2013.
Além disso, houve um aumento, em termos nominais, do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas de 8,1% no terceiro trimestre de 2013.
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