Bancários de todo o país devem entrar em
greve a partir desta terça-feira (6) por tempo indeterminado, segundo a
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). A
paralisação foi aprovada em assembleia na última quinta-feira (1º). No
início do dia, pelo menos nove estados e o Distrito Federal tinham
agências fechadas.
Veja a situação em cada estado e no DF
Alagoas
Goiás
De acordo com o Sindicato dos Bancários
do Estado de Goiás, 60% das agências de bancos públicos e privados em
Goiânia e no interior estarão com o atendimento suspenso.
Segundo o presidente do sindicato,
Sérgio Luiz da Costa, vários serviços serão afetados pela greve. “A
expectativa é que o primeiro dia de greve já comece com uma movimentação
bem forte. Estarão suspensos os serviços que os clientes utilizam
dentro das agências, relacionados ao FGTS, seguro desemprego, contratos,
revalidação de senha de cartão, abertura de contas, vendas de produtos,
entre outros”, afirmou.
Espírito Santo
Os bancários do Espírito Santo também
decidiram entrar em greve. O Sindibancários foi procurado pelo ‘G1′,
mas, por enquanto, não soube informar quantas agências aderiram à
paralisação. Um levantamento será feito ao longo da manhã, e a
expectativa é que o número seja divulgado ao meio-dia.
Distrito Federal
Por causa da paralisação nacional,
agências amanheceram com cartazes afixados indicando a mobilização, que
vai reduzir os serviços nas agências. A categoria reivindica aumento de
15% (sendo que 10% são para cobrir perdas com inflação e 5%
representariam aumento real).
Pela estimativa do Sindicato dos
Bancários de Brasília, existem cerca de 600 unidades de atendimento em
todo o DF, onde trabalham 30 mil bancários. Até as 7h16, o sindicato não
estimou quantas agências foram fechadas nem o número de trabalhadores
que aderiram à paralisação. O piso da categoria é de R$ 1,9 mil.
Pará
Em toda Região Metropolitana de Belém,
na porta das agências bancárias o aviso anunciava que não haveria
expediente. A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro de
2015 e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e
privados fechadas em todo o Brasil.
Paraíba
Os bancários da Paraíba iniciam nesta
terça-feira (6) uma greve geral por tempo indeterminado. Com a
paralisação, os serviços bancários oferecidos pelas agências passam a
funcionar com apenas 30% da capacidade. A decisão pela greve foi feita
em assembleia específica, realizada na noite de quinta-feira (1º), na
sede do Sindicato do Bancários da Paraíba, em João Pessoa.
Paraná
Bancários de Curitiba e Região Metropolitana também entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça.
Rio Grande do Norte
Bancários do Rio Grande do Norte aderiram à paralisação nacional da categoria e decidiram entrar em greve nesta terça-feira (6).
Santa Catarina
Funcionários da Grande Florianópolis se
reunirão nesta manhã, diante do Banco do Brasil, em frente à Praça XV,
no centro da capital, para deliberar as ações do início da greve da
categoria nos 23 municípios da região. Segundo o sindicato da região,
municípios do Sul catarinense devem entrar em greve na quinta-feira (8).
São Paulo
Agências bancárias de Sorocaba e região
também aderiram à paralisação nacional. Segundo o presidente do
sindicato da categoria, Júlio Camargo, a greve fechar 300 agências em 40
municípios da região.
Reivindicações
A categoria rejeitou a proposta da
Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) de reajuste de 6,5% sobre os
salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de
R$ 3 mil. Os sindicatos alegam que a oferta ficou abaixo da inflação
projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8%
para o bolso de cada bancário.
Os bancários querem reposição da
inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso
salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24
em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras
reivindicações, como melhores condições de trabalho.
Segundo a Federação Nacional dos Bancos
(Fenaban, o braço sindical dos bancos), a proposta representa um
aumento, na remuneração, de 15% para os empregados com salário de R$ 2,7
mil, por exemplo. Para quem ganha R$ 4 mil, o aumento de remuneração
será de 12,3%; e, para salários de R$ 5 mil, equivale a 11,1%. O piso
salarial para a função de caixa, com o reajuste, passaria a R$ 2.842,96,
por jornada de 6 horas/dia.
“É importante ressaltar que as soluções
encontradas na mesa de negociação variam conforme a conjuntura econômica
e que a proposta apresentada neste ano responde a condições específicas
pela qual passa a economia brasileira”, diz a entidade.
Atendimento
Em nota, a Federação Brasileira de
Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem utilizar os caixas
eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não
vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques,
transferências e saques de benefícios sociais.
Nos correspondentes bancários (postos
dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar
contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro
e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.
Greve passada
A última paralisação dos bancários
ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com
agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do
Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em
resposta à reivindicação de 16% da categoria.
Fonte: G1
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