sexta-feira, 1 de abril de 2016
Saúde, Vegetarianismo: mutação genética aumenta chances de câncer e outras doenças.
Pessoas com antepassados vegetarianos podem ter uma mutação genética que aumenta as chances de surgimento de cânceres e complicações cardíacas. A descoberta foi feita por cientistas dos Estados Unidos após análise genética de populações com histórico de alimentação com e sem carne. Os investigadores detectaram, no segundo grupo, uma alt
eração que leva à produção do ômega-6 em grande quantidade. Em excesso, esse ácido graxo essencial ao organismo pode causar inflamações no corpo, aumentado principalmente a suscetibilidade a tumores no cólon e outras doenças.
O trabalho surgiu a partir de análises de células humanas feitas em 2012. Na ocasião, os cientistas detectaram alterações no DNA relacionadas à produção de ácidos graxos. A partir desse achado, resolveram analisar grupos com históricos alimentares distintos. “Um dos focos é compreender a evolução humana e suas implicações para a saúde humana. Sabemos que a adaptação genética da dieta ao local em que se vive não é rara durante a transformação da espécie. Por isso, resolvemos analisar grupos diferentes”, explicou ao Correio Kaixiong Ye, um dos autores do estudo e pesquisador da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos.
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Os cientistas compararam o DNA de duas populações: moradores da cidade de Pune, na Índia, que tinham um histórico de alimentação sem carne, e norte-americanos carnívoros da cidade de Kansas. Durante as observações, a equipe encontrou uma mutação chamada rs66698963 no grupo indiano. Essa falha genética aumenta a produção do ácido araquidônico, uma ômega-6 com efeitos anti-inflamatórios, mas que, em excesso, pode ter resultado reverso.
Ye explica que os efeitos também são observado em quem, mesmo descendente de vegetarianos, não segue a dieta restritiva.“O ácido araquidônico pode ser absorvido diretamente pelo óleo vegetal, pelas carnes e pelos frutos do mar. Uma pessoa que consome grande quantidade desses alimentos e tenha a mutação pode ter o acúmulo da substância que causa inflamações”, explica. “A incompatibilidade entre o nosso genoma e nosso estilo de vida leva às doenças.”
Fonte:correiobraziliense.
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