sexta-feira, 29 de abril de 2016
Atenção dia D de vacinação contra a gripe H1N1. Estado-PE tem quatro mortes.
Amanhã sábado acontece o dia D de mobilização nacional de vacinação contra a gripe H1N1. Em Pernambuco, o público-alvo da campanha é formado por dois milhões de pessoas.
A campanha de vacinação antecipada em uma semana, que começou na última segunda-feira em Pernambuco, tem lotado os postos de saúde da Região Metropolitana. No Recife, foram aplicadas mais de 48 mil doses até a última quarta-feira. O volume é bem superior ao início de campanha nos anos anteriores. Em Olinda, foram aplicadas 20 mil doses da vacina, quando o esperado era um terço desse número nesta primeira semana.
“A campanha tem sido um sucesso, as pessoas têm procurado os postos. É fundamental essa sensibilização”, afirmou Cristiane Penaforte. Até o dia 22 de abril, Pernambuco recebeu 63% (1,4 milhão) das 2,2 milhões doses da vacina que serão entregues ao estado pelo Ministério da Saúde até o dia 6 de maio. “Estamos entrando em um período mais frio, quando há um aumento das doenças do gênero. Então, é importante que a população faça a imunização”, afirmou George Dimech.
Mortes - A um dia do momento nacional de sensibilização para vacinação contra a gripe, Pernambuco entrou oficialmente nas estatísticas de mortes por influenza H1N1, em 2016, no Brasil. O estado confirmou ontem quatro óbitos pela doença, todos registrados entre março e abril, no Recife. Outros sete casos de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG – casos com agravamento que precisam de internação) seguem em investigação. Em todo o Brasil, são mais de 230 óbitos neste ano pela gripe que causou pandemia em 2009.
Pernambuco até então tinha apenas um caso associado de morte pela doença, mas que na verdade era de uma criança nascida no estado, mas internada em São Paulo desde o primeiro mês de vida para tratamento de uma comorbidade. Por isso, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) considera essas quatro confirmações como as primeiras e pediu uma correção do boletim ao Ministério da Saúde.
As mortes, até então, não seguem um padrão em Pernambuco. A primeira delas foi de um homem de 50 anos, que adoeceu em fevereiro e faleceu em março. Ele foi notificado em um hospital particular da cidade, tinha histórico de diabetes e tabagismo e morava no bairro de Boa Viagem. Outro caso é de um homem de 55 anos, residente no mesmo bairro, que teve os sintomas de fevereiro e faleceu também em março, em um hospital da rede privada. Não há informações sobre alguma doença de base associada.
O terceiro caso é de uma adolescente de 16 anos, do sexo feminino, que iniciou os sintomas em fevereiro e morreu neste mês, no Hospital das Clínicas. Ela não tinha nenhuma doença de base e morava no bairro da Cohab. O último registro é de uma mulher de 41 anos, que ficou doente em março e morreu neste mês, em um hospital particular. A mulher morava no bairro de Campo Grande.
Apesar de três dos quatro óbitos serem de moradores da Zona Sul do Recife, a secretária-executiva de Vigilância à Saúde, Cristiane Penaforte, esclareceu que não há uma correlação entre as infecções e os locais de moradia. “É um vírus transmitido por secreções das vias respiratórias”, afirmou. A cidade tem até então nove casos de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), incluindo os quatro por H1N1 e outros dois que continuam em investigação. Três apontaram como não especificado.
No ano passado, neste mesmo período, eram seis, mas nenhum por H1N1. “É importante lembrar que os resultados dos exames, feitos na Fiocruz, saíram nesta semana, mas as mortes não aconteceram em sete dias”, acrescentou Penaforte.
Fonte: DP.
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