A Coreia do Norte lidera a Lista Mundial da Perseguição pelo 16º ano consecutivo. No país, direitos à liberdade de pensamento, religião, expressão e informação não são respeitados. Em comparação com a classificação na Lista Mundial da Perseguição de 2016, o país teve um aumento de 2 pontos na pontuação da violência.
Um dos motivos é o grande número de cristãos que tiveram suas casas, lojas e empresas invadidas. Esse aumento deve-se, em parte, ao crescimento da paranoia do governo e o seu isolamento em relação ao restante do mundo, inclusive do seu vizinho mais importante, a China.
Apesar da dificuldade em confirmar o número de cristãos em um ambiente altamente restrito, a organização Portas Abertas estima haver cerca de 300 mil cristãos no país. Mesmo sem precisão, as estatísticas mostram que a igreja secreta e doméstica está crescendo de forma lenta, mas firme.
Notas sobre a situação atual
• Desde 1998 na Universidade Kim Il-sung há um programa de estudos religiosos, onde os graduados são enviados para trabalhar para federações religiosas oficialmente reconhecidas, para o setor de comércio exterior ou como guardas de fronteira para identificar atividades religiosas clandestinas. Muitos são recrutados como espiões para denunciar atividades cristãs no país.
• A fronteira com a China tornou-se mais controlada, dificultando a situação dos cristãos em ambos os lados da fronteira. O assassinato do coreano-chinês Christian Han-Choong Ryol por assassinos norte-coreanos na China, em abril de 2016, ilustra os riscos envolvidos.
• Como o regime na Coreia do Norte é comunista, todas as religiões são vistas como supersticiosas e, portanto, combatidas. No entanto, as religiões asiáticas (como o budismo) têm um pouco mais de espaço.
• Em geral, a pressão sobre os cristãos na Coreia do Norte aumentou em quase todas as esferas da vida, fazendo-a chegar a um nível extremo.
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