Membros de milícias islâmicas invadiram 15 aldeias cristãs no estado de Adamawa, nordeste da Nigéria. Eles destruíram as igrejas, massacraram os moradores em uma nova onda de perseguição religiosa.
Por terem ocorrido em locais isolados, os fatos demoraram para serem expostos, mas são dezenas de mortos por jihadistas que parecem comprometidos a cumprir sua promessa de “limpar” o país de seguidores do cristianismo.
Representantes da missão Portas Abertas falaram com testemunhas. Elas contam que os responsáveis são milícias fulani. Essa é uma das maiores etnias da África, sendo majoritariamente muçulmanos. Embora o governo nigeriano venha tratando esses ataques como conflitos étnicos, existem vários relatórios que os homens estavam fortemente armados e alguns ataques tiveram cobertura de helicópteros.
Durante anos o Boko Haram dominou o norte da Nigéria, um país onde cerca de metade da população é islâmica. Sua perseguição aos cristãos foi amplamente noticiada, com práticas que incluíam atentados, sequestros e a formação de um califado.
As milícias jihadistas fulani vêm atacando constantemente pelo leste do país, mas o governo não toma iniciativas concretas para impedir o massacre. O líder de uma das aldeias queimadas diz que o governador do estado e a polícia já demostraram descaso pela situação.
Situação semelhante ocorreu no estado de Nasarawa, onde 25 aldeias foram destruídas desde 15 de janeiro. As vítimas são cristãs e reclamam que nenhuma atitude foi tomada pelas autoridades.
Um porta-voz do grupo Concerned Indigenous Tiv People disse: “Desde o início dessa crise de segurança, em 15 de janeiro deste ano, quando os fulani invadiram e incendiaram nossas aldeias, forçando que muita gente fugisse da região para não ser morta, o Governador de Nasarawa, Tanko Almakura, nada fez para controlar a situação”.
Somente no estado de Benue, que registrou ataques similares nos últimos anos, o exército da Nigéria montou bases para parar a violência.
Segundo um representante da Portas Aberta na Nigéria, “Os crentes em Jesus sofrem discriminação e exclusão, violência de grupos militantes islâmicos, o que resulta na perda de propriedades, terras, meios de subsistência, sem falar em ferimentos físico ou morte. Isso está se espalhando por toda a região sul”. A missão diz temer que a situação saia completamente de controle num futuro próximo, devido à passividade do governo.
Fonte: Gospel Prime e Express
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