quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Meio ambiente, Prefeitos pernambucanos são convocados para cuidar do Rio Capibaribe

Rio Capibaribe no município de Paudalho, Zona da Mata Norte de Pernambuco Foto: Hélia Scheppa/Arquivo JC Imagem
Rio Capibaribe no município de Paudalho, Zona da Mata Norte de Pernambuco Foto: Hélia Scheppa/Arquivo JC Imagem
Prefeitos de 42 municípios pernambucanos são convidados a assinar uma carta de compromissos para executar ações que ajudem a melhorar a qualidade e aumentar a quantidade de água no Capibaribe e seus afluentes. O documento foi aprovado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe e as cidades têm até 22 de março de 2018, Dia Mundial da Água, para confirmar a adesão.
De acordo com o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe, Alexandre Ramos, a carta de compromissos não define ações, mas um conjunto de princípios para proteção das águas do Capibaribe. “Queremos somar os esforços já existentes em alguns municípios e valorizar as ações de forma coletiva”, afirma Alexandre Ramos. Os municípios convocados estão localizados na área da bacia hidrográfica do rio.
Uma prefeitura que deixa de depositar os resíduos das coletas domiciliares em lixões está contribuindo com a melhoria da qualidade da água do rio, observa Alexandre Ramos. Ele cita como exemplo Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata. Desde 29 de novembro de 2017, o lixo produzido no município é levado para a Central de Tratamento de Resíduos (CTR) Candeias, em Muribeca, na cidade de Jaboatão dos Guararapes.
“Suspendemos o despejo no lixão e estamos elaborando um plano para fazer a recuperação da área degradada”, informa o presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente de Vitória (Amavisa), Alcides Bonifácio de Lima Júnior. O lixão, diz ele, funcionou por mais de 20 anos num terreno próximo ao Rio Natuba e ao Rio dos Borges, dois afluentes do Rio Tapacurá (um dos principais afluentes do Rio Capibaribe). 
Em Limoeiro, no Agreste, a prefeitura resolveu fazer um viveiro, produzir mudas e repor a mata ciliar derrubada às margens do Rio Capibaribe . “O projeto está bem no começo e a meta é iniciar o plantio no fim de 2019”, diz o engenheiro florestal e técnico ambiental do município Adenilson Magno.
A ideia do replantio, diz ele, é uma iniciativa do vice-prefeito e secretário de Agricultura de Limoeiro, Marcelo Mota. “É um projeto com pé no chão, um trabalho de formiguinha mesmo, mas necessário. Fizemos ações para arrecadar recursos e temos apoio do IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco) na doação de sementes”, declara Adenilson Magno.
Inspirado no projeto de Limoeiro, o comitê anuncia o plantio de cem mil mudas de árvores na bacia hidrográfica do Rio Capibaribe em 2018. “Se o objetivo for alcançado, aumentaremos a meta para 2019”, avisa Alexandre Ramos. A bacia hidrográfica do rio ocupa uma área de 7.454,88 quilômetros quadrados. Entre os 42 municípios situados nessa região encontram-se Brejo da Madre de Deus, Toritama (já assinou a carta de compromissos), Jataúba, Paudalho, Carpina, Bom Jardim, Caruaru e Recife.
Em maio de 2017, a Assembleia Legislativa criou a Frente Parlamentar para Perenização, Despoluição e Revitalização da Bacia do Rio Capibaribe. O grupo é formado por nove deputados e tem como presidente José Humberto Cavalcanti (PTB). Cada integrante destinou uma verba de emenda para a criação de um fundo que vai subsidiar estudos com a finalidade de preservar a bacia do rio, diz Marcelo Teobaldo, assessor de José Humberto Cavalcanti.
“Nós estamos cobrando ações ao Estado e aos municípios. Uma proposta é incluir as questões hídricas na revisão do plano diretor das cidades”, comenta Alexandre Ramos.
 


Fonte: JC Online

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