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Polícia Federal realiza nesta sexta-feira (1) uma operação e cumpre
diligências na sede da JBS Friboi, na casa do empresário Joesley
Batista, dono da indústria de alimentos. A operação desta sexta-feira
(1), autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), prendeu o operador
Lúcio Bolonha Funaro e recolheu documentos na casa do lobista Milton
Lyra, apontado por delatores da Operação Lava Jato como facilitador de
negócios espúrios em partidos junto a empresas públicas e bancos como a
Caixa, o BNDES e o Banco do Brasil. Conforme revelou ‘Veja’, Lyra foi
citado por um delator como o operador do presidente do Senado Renan
Calheiros (PMDB-AL) no fundo de pensão Postalis, dos Correios.
Quando Cleto fazia parte dos Comitê de
Investimentos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), a fabricante
de celulose Eldorado Brasil, um dos projetos mais ambiciosos da holding
J&F, controlada pela família Batista, recebeu polpudos 940 milhões
de reais repasses do FI-FGTS – parte do dinheiro teria acabado nas mãos
de Funaro. Na mira da Operação Lava Jato desde que Fábio Cleto fechou
acordo de delação premiada, o FI-FGTS registrou pela primeira vez no ano
passado prejuízo no resultado anual. A queda foi de 900 milhões de
reais no patrimônio líquido do fundo que usa recursos dos trabalhadores
para aplicar em projetos de infraestrutura. O patrimônio do FI-FGTS é
largamente ligado a empresas investigadas no petrolão: boa parte de seus
recursos foram aplicadas em companhias como a Odebrecht Transport e a
Odebrecht Ambiental, a OAS Óleo e Gás e a CCR, concessionária de
rodovias da Andrade Gutierrez e da Camargo Correa.
Em sua delação premiada, Cleto apontou o
nome do deputado Eduardo Cunha como destinatário de 1% dos quase 1
bilhão de reais aprovado pelo FI-FGTS à empresa Eldorado. O ex-vice da
Caixa também já havia confirmado que Cunha cobrou 52 milhões de reais em
propina para viabilizar recursos para o projeto do Porto Maravilha, no
Rio.
Fonte: Veja
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