Interlocutores
do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmam que
ele está disposto a apresentar sua renúncia ao cargo no dia 11 de julho,
logo antes da votação do relatório sobre o processo de cassação do seu
mandato na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ). A renúncia seria
um gesto de boa vontade para com seus pares para tentar, assim, evitar
ser cassado. Uma tentativa de solucionar o caso como fez o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em 2007, quando renunciou à
presidência da Casa para escapar da perda do mandato.
Auxiliares na defesa de Cunha junto ao
Supremo Tribunal Federal (STF) têm garantido a interlocutores do
peemedebista que ele pretende de fato renunciar ao cargo. Além do gesto
político, destacam que a renúncia poderá lhe trazer mais efeitos
benéficos. Os processos de que é alvo na Corte deixariam de ser julgados
pelo plenário do Supremo — foro reservado aos presidentes da Câmara e
do Senado – para cair nas mãos da Segunda Turma, comandada pelo ministro
Gilmar Mendes, tido como um personagem com o qual Cunha mantém boa
relação. Além disto, os julgamentos na Segunda Turma não são
televisionados, o que diminuiria a pressão sobre os ministros para que
condenem Eduardo Cunha.
Fonte: Agência O Globo
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