De acordo com o diretor médico do hospital, Roberto Régis, a prefeitura do município vem atrasando os repasses. “A falta de regularidade no pagamento vem atrasando o salário dos funcionários, o atraso no pagamento de fornecedores. Nós não tínhamos protestos antes, mas, com a falta de recursos, começamos a ter”, relatou o diretor médico.
O problema se estende ainda pelos dez leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, para recém-nascidos, que já possuem incubadoras e berços aquecidos, além de uma UTI Móvel e cinco leitos de cuidados intermediários.
A secretaria de Saúde do município está há três meses com atraso no repasse dos salários dos contratados. Segundo o secretário de Saúde de Palmares, Alexandre Leão, o órgão está tentando regularizar os compromissos. “Conversamos com a direção da entidade e chegamos a um entendimento de como cessar nossos compromissos. Quando você senta e negocia um débito, ele deixa de ser débito e passa a ser uma modalidade de pagamento”, aponta.
Além da maternidade, o posto de enfermagem também está vazio. A recepcionista Ranuzia Emilayne da Silva, que mora na região, desacredita nos serviços. “Eu nunca usei, mas sei que quando precisar vou ficar jogada, não vai ter assistência nenhuma", argumenta.
O aposentado Arnaldo Peixoto de Melo, 65 anos, já precisou de assistência e não teve nem o básico. “Disseram que não podiam me dar nem um soro. Um hospital bonito, grandão, só tem tamanho. Nem um soro tenho direito de tomar", relata.
No entanto, os problemas não param na Casa de Saúde Santa Rosa. A Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (UPA-E), com orçamento de R$ 16 milhões, está, de acordo com a Secretaria de Saúde do estado, com 90% dos serviços concluídos, mas ainda não foi inaugurada.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) explicou, por meio de nota, “que contratualiza, junto à Casa de Saúde e Maternidade Santa Rosa, a UTI Adulto da unidade, que está funcionando normalmente”. O texto aponta ainda que “está em negociação com o órgão para habilitar os serviços de doenças crônicas e de traumatologia de alta complexidade junto ao Ministério da Saúde, responsável por autorizar esse tipo de serviço, contudo, ainda não entregou toda a documentação necessária para finalização dos trâmites”.
A secretaria afirmou ainda que quanto aos serviços de maternidade e UTI/UCI Neonatal, “não há nenhum pedido de habilitação junto ao Ministério da Saúde e nem de contratualização. A SES ressalta que a contratação de novos serviços conveniados é feita de acordo com as necessidades de cada região”.
Fonte:G1.
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