Os portões de acesso ao campus da Universidade Federal de Pernambuco
ficarão trancados entre 23h30 e 4h30 diariamente. A medida - válida para
passagem de carros e pedestres - é mais uma das ações desenvolvidas
pela reitoria para tentar reduzir os casos de violência na instituição.
Nesta quarta-feira, estudantes, servidoras e moradoras do entorno
fizeram um protesto em frente ao Restaurante Universitário por mais
segurança e para denunciar os frequentes casos de assédio sexual e
estupro.
Após o ato, as alunas foram recebidas pela vice-reitora,
Florisbela Campos, pela diretora LGBT da UFPE, Luciana Vieira, pela
pró-reitora de Assuntos Estudantis, Ana Cabral, e pelo superintendente
de Segurança, Armando Nascimento. Uma reunião prevista para daqui a 15
dias foi antecipada para esta quinta para discutir a questão de
vulnerabilidade, assédio, insegurança das mulheres e trans.
No
protesto, as manifestantes pediram mais iluminação no campus, além de
capacitação dos seguranças para lidar com questões específicas de
gêneros. Elas denunciaram a falta de sensibilidade no trato com as
vítimas. O ato cobrou da reitoria um posicionamento efetivo e a criação
de estratégias de enfrentamento e de garantia de segurança para que as
mulheres possam circular pela universidade sem ameaça.
Portões
Apenas
o acesso pela Avenida dos Reitores será liberado durante a madrugada em
casos justificados. O fechamento dos acessos será às 23h30 e a
reabertura às 4h30. De acordo com a UFPE, os agentes de segurança da
universidade e os vigilantes da TKS (empresa terceirizada) estão atuando
de forma mais efetiva nos pontos críticos de ocorrências informados
pela comunidade acadêmica. Além disso, o campus conta com um posto fixo
da Polícia Militar até as 22h30. No entorno, além da intensificação das
rondas, a PM está efetuando mais abordagens. Haverá a instalação de
novas câmeras integradas ao sistema da Secretaria de Defesa Social e a
melhoria da iluminação no campus, entre outras ações.
Conscientização
Além
do protesto, a comunidade universitária criou uma campanha com o uso de
hashtags na página A Universidade é pública, meu corpo não - UFPE, como
forma de visibilizar o pleito, sensibilizar e articular a comunidade a
dizer não à violência contra as mulheres, à transfobia e ao machismo.
BancosNo
próximo dia 4, representantes de vários órgãos públicos e dos bancos
que funcionam no entorno da UFPE vão se reunir no Auditório João
Alfredo, na Reitoria da Universidade, na segunda reunião do Conselho
Integrado de Segurança, que agrega estas instituições. Participam, além
da UFPE e do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander, os
órgãos do Condomínio Sudene (Sudene, IBGE, Codevasf, Ministério da
Saúde, entre outros) e o 12º Batalhão de Polícia Militar. O objetivo do
encontro é discutir medidas para melhoria da segurança do entorno,
envolvendo funcionários das instituições, usuários e moradores.
Fonte:DP.
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