Em reunião ontem quarta-feira dia (27) com o
ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, deputados federais
do PT traçaram uma estratégia de reação ao eventual governo do
vice-presidente Michel
Temer. A ordem do Palácio do Planalto é deixar
Temer “à míngua”, sem informações sobre a gestão, e acelerar os
programas em andamento pela presidente Dilma Rousseff.
Com a certeza de que a votação do
impeachment no Senado, prevista para o dia 11 de maio, afastará Dilma
por até 180 dias, o governo e o próprio PT já preparam os próximos
passos do divórcio litigioso. Um dos participantes da reunião desta
quarta-feira – que contou com a presença de 45 dos 57 deputados petistas
e ocorreu na sede do PT – afirmou, ainda, que não haverá “transição” de
governo, com informações sobre cada pasta. “Transição é quando há um
governo eleito, com legitimidade. Não é este o caso”, argumentou o
parlamentar.
Na reunião com Berzoini, houve críticas
ao Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda não se posicionou sobre o
pedido da Procuradoria-Geral da República para afastar o deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo. O presidente da Câmara é réu em ação
autorizada pelo Supremo, acusado de desviar recursos no esquema de
corrupção da Petrobras, e enfrenta processo de cassação do mandato no
Conselho de Ética da Câmara.
Fonte: Veja
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