No dia 30 de junho de
2002, o Brasil se sagrou pentacampeão da Copa do Mundo. Liderada pelo
trio RRR, Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho, a Seleção Brasileira fez uma
campanha sensacional e conquistou o título com grandes exibições
coletivas e individuais do outro lado do planeta, no Japão e na Coreia
do Sul.
Antes do penta, porém,
veio o tetra em 1994, nos Estados Unidos, quando o Brasil encerrou um
jejum de 24 anos sem conquistar o Mundial. E para Rivaldo, a Seleção
deve passar por um longo período sem conquistas mais uma vez.
"Hoje a Seleção... está
duro. Difícil eu falar porque tenho que respeitar os jogadores que estão
lá. É difícil falar. Acredito que, do jeito que está, vão passar
daqueles 24 anos, que ficou de 1970 para 94. Se não tiver gente séria
para comandar o futebol brasileiro, vai passar muito tempo sem ser
campeão", disse o presidente e meia do Mogi Mirim.
Rivaldo também reclamou e
mostrou mágoa por ter ficado de fora da Copa de 2006, disputada na
Alemanha. Na época, o craque jogava no Olympiakos, da Grécia, e não teve
espaço na equipe que tinha um quarteto ofensivo mágico. Afinal,
Ronaldinho vivia sua fase mais espetacular no Barcelona, Ronaldo não era
o mesmo de 2002, mas ainda decidia jogos no Real Madrid, Kaká vivia boa
fase pré-sensacional no Milan e Robinho e Adriano, que disputavam o
último posto, vinham jogando muito na Seleção.
"Fico triste porque vejo
jogador hoje na Seleção atuando em países desconhecidos. Lembro que,
quando estava atuando na Grécia (Olympiakos), não fui convocado para a
Copa do Mundo de 2006. Lembro do Parreira ligando para mim, dizendo que
estava prestando atenção, mas acabei não convocado. Hoje vejo atletas de
países estranhos, jogando campeonatos de pouca importância, e fico
triste", afirmou.
O meia ainda criticou o modelo de administração do futebol tupiniquim e as pessoas que comandam o esporte.
"As outras pessoas
(países) estão por cima do Brasil, pegando sério. Na Europa, são os
melhores que estão na seleção. Aqui eu não vejo assim. Participei de
duas finais de Copa (1998 e 2002) e hoje o povo brasileiro está sofrendo
com a organização, os jogadores", opinou.
"Tudo que o Romário
fala, eu assino embaixo. Pessoas que não sabem nada de futebol
participam de CBF, da Fifa. Tem hora que é triste. Queria que a Seleção
fizesse bonito como no passado, mas hoje dá pena", concluiu.
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