A CIDADE DE SURUBIM-PE É PRESENTADA COM UMA  NOVA FABRICA DE CIMENTO
A Cimenteira Santo Antônio LTDA, especializada na produção de clínquer (cimento numa fase básica de fabrico) e do cimento Portland, vai instalar uma fábrica em Surubim, no Agreste do Estado de Pernambuco. O crescimento do consumo de cimento em taxa média de 6,7% ao ano, desde 2007, favoreceu as indústrias do setor a investir em novas unidades. Na unidade pernambucana do grupo, serão mais de R$ 53 milhões aplicados, o que deve gerar 95 novos empregos.

O investimento total será de R$ 53,4 milhões, sendo R$ 38,6 milhões financiados pelo Banco do Nordeste (BNB), por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), e pelo BNDES Automático, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A planta fabril vai entrar em funcionamento no fim de 2013, com capacidade de produzir mil toneladas de cimento por ano.  

Segundo o empresário Marcelo Moura Hazin, a Construtora Saint Enton, que faz parte do mesmo grupo econômico, irá consumir 10% da produção. “Os outros 90% deverão atender à demanda de outras construtoras e dos consumidores finais. Inicialmente, deveremos suprir a carência de Pernambuco, que importa 80% do cimento que consome hoje, mas também poderemos fornecer para outros estados nordestinos”, revelou.

A fabricação do cimento será pela chamada “via seca”, que requer metade da energia térmica utilizada no processo úmido típico. Além da Cimenteira, também será implantada uma Mineradora na região, que vai fornecer calcário para a fábrica, a partir de um investimento de mais R$ 30 milhões.

Para o gerente da agência do Banco do Nordeste no Recife, Sérgio Maia, responsável pela contratação do financiamento, a demanda da construção civil pesada seguirá positiva. “Além de grandes obras de infraestrutura ou dos complexos da Copa do Mundo, por exemplo, os investimentos do setor privado manterão o setor aquecido, mesmo que em menor escala”, acrescentou. No Brasil, existem hoje 79 fábricas de cimento, sendo 20 no Nordeste. O produto é o insumo básico do concreto que, por sua vez, é o mais consumido no mundo depois da água.