Milhares de vidas foram perdidas e pelo menos 120 mil cristãos foram deslocados de suas casas por causa do conflito com o Exército Independente de Kachin (KIA) desde que os militares tomaram o controle do país em 1962. Em 2018, quase 7 mil pessoas pertencentes a um grupo minoritário cristão fugiram de suas casas por causa de combates entre o exército e um grupo rebelde. As informações foram divulgadas pela Cruz Vermelha.
“É uma guerra onde civis estão sendo sistematicamente atacados por membros do Exército de Mianmar. A comunidade internacional escolhe ignorar isso”, diz a analista política e escritora Stella Naw em entrevista ao jornal britânico The Guardian. Segundo ela a atenção internacional tem se concentrado apenas na crise humanitária enfrentada pelos muçulmanos no país.
Para Thomas Muller, analista da Organização Portas Abertas, é improvável que a situação atraia atenção, pois Mianmar está cada vez mais sob influência econômica e política da China.
“A China apoia a minoria Wa em Mianmar e pode efetivamente vetar qualquer inquérito sobre a situação de qualquer minoria, e muito menos quaisquer melhorias ou medidas para acabar com a guerra civil”, acrescentou Muller.
Após o bombardeio de uma escola missionária no estado, que aconteceu no dia 12 de maio, Hkun Htoy Layang da Fundação Kachin Relief disse à Christian Solidarity Worldwide: “É escandaloso que o exército de Mianmar tenha como alvo uma escola missionária Kachin Baptista. Estamos muito preocupados que o exército esteja atingindo mais civis em todo o estado de Kachin, com impunidade”, finalizou.
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