Diante da importância histórica que marcou o anúncio dos vencedores da quinta edição do Prêmio Pernambuco de Literatura, a mudança de nome para Prêmio Hermilo Borba talvez nem tenha sido a grande novidade deste ano. É que pela primeira vez uma mulher, Ezter Liu, venceu o Grande Prêmio. Tanto ela quanto os outros quatro ganhadores foram anunciados na noite de ontem terça-feira (17) em cerimônia no Salão das Bandeiras, no Palácio do Campos das Princesas.
Ezter, natural de Carpina venceu o Grande Prêmio com seu livro de contos Das Tripas Coração e representou o Agreste. A obra reúne textos que são abrangidos pela temática de histórias inquietantes protagonizadas por mulheres. A autora, além de já ter publicado livros de poesias, mantinha sua produção no blog Pancada de Vento (apesar do último texto ter sido publicado em 2015, é possível conferir várias de suas produções literárias). Walter Cavalcanti Costa, Fred Caju, Enoo Miranda e Amâncio Siqueira são os outros vencedores desta quinta edição.
Outros vencedores
Walter, da Zona da Mata Norte, venceu com O Velocista, seu primeiro romance; Fred, considerado um importante nome da nova geração de poetas pernambucanos, levou o prêmio pelo livro de poemas Nada Consta; Enoo, de Nazaré da Mata, também venceu com uma obra de poesia, o Fogo, Fato; enquanto Amâncio, nascido em Afogados da Ingazeira, terá seu roman ce Absinto publicado pela Cepe, assim como todos os outros vencedores.
Além do governador estavam na cerimônia de ontem o secretário de Cultura, Marcelino Granja, a presidente da Fundarpe, Márcia Souto, o gestor do Centro Apolo-Hermilo, Carlos Carvalho, a presidente da Academia Pernambucana de Letras, Margarida Cantarelli, além de deputados e outros secretários. Em sua fala, Marcelino Granja ressaltou a decisão do Governo de ampliar os valores da premiação e falou em coragem política por parte da atual gestão. “A arte é a linguagem humana mais complexa e sofisticada”, disse.
A decisão de homenagear o escritor e dramaturgo Hermilo Borba Filho, que completaria cem anos em 2017, se fez presente também nas falas de Carlos Carvalho e Paulo Câmara. O gestor do centro Apolo-Hermilo relembrou o pesonagem Zumba, do conto O Traidor do dramaturgo e a importância par que os gestos tinham para este personagem, relacionando o episódio fictício com o “grande gesto” que foi nomear o prêmio com o nome de Hermilo.
Fonte: JC Online
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