segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

A coisa está feia a economia de 12 estados e do DF retrocede a valores do início da década.

As economias de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Amazonas, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Distrito Federal retrocederam ao patamar do início da década, graças à crise financeira que atingiu o país, entre 2015 e 2016, e que fez o Produto Interno Bruto (PIB) dos estados despencar.Além dos citados, as outras unidades da federação
também encolheram neste biênio. O cenário é apontado por pesquisa da Tendências Consultoria Integrada, com base nas projeções do economista Adriano Pitoli.
Segundo ele, as maiores perdas ocorreram nos estados do Sudeste, mas o Nordeste não se livrou, dada a disseminação da recessão.
"Os estados que tinham uma dinâmica econômica atrelada às políticas do governo, que eram insustentáveis, de estímulo ao consumo, de um BNDES agigantado e de investimentos puxados por estatais, como a Petrobras, terão de fazer um esforço maior para voltar a se recuperar. É o caso de Pernambuco e do Rio de Janeiro", analisa Pitoli.
O Rio de Janeiro, cujo PIB encolheu 7,2% em dois anos, de acordo com o estudo, tem um dilema ainda maior. "Gastou-se muito tempo e muito dinheiro em investimentos que agora não se consegue tornar viáveis", alegou o economista, referindo-se às obras das Olimpíadas.
Nos estados em que o setor industrial está ligado diretamente ao comércio e serviços, como Amazonas e São Paulo, o desemprego acaba provocando um efeito dominó na economia. De acordo com o estudo, o Amazonas teve a maior queda acumulada de PIB, de 12,2%, nos anos de 2015 e 2016, enquanto em São Paulo o recuo acumulado em 2015 e 2016 foi de 6,9%.
"O peso da indústria é muito grande na economia do estado, apesar do setor de serviços já a ter ultrapassado. E, como os dois motores do setor, bens de consumo duráveis e de capital, são muito sensíveis ao crédito e ao emprego, é comum que retraia em momentos de recessão, desencadeando um efeito negativo em outros setores e segmentos atrelados", analisa André Grotti, responsável pela Assessoria de Política Tributária (APT) da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
O Espírito Santo teve o segundo pior desempenho, com queda de 11,5% no PIB, em 2015 e 2016. Lá, a economia foi afetada pelo desastre da Samarco, em Mariana (MG), que paralisação as atividades da mineradora.
De acordo com informações de O Globo, no Nordeste, a forte seca dos últimos anos também derrubou a economia. Os estados tiveram quedas no valor bruto da produção entre 8% e 44% na safra 2015/2016. Mas, para este ano, as perspectivas são positivas.
"Este ano, com as chuvas regularizadas, o Matopiba deve produzir entre 12 e 20 milhões de toneladas de grãos, voltando a ser responsável por 9% a 10% da safra brasileira", reforça Alan Malinski, assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Fonte:noticias ao minuto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário