também encolheram neste biênio. O cenário é apontado por pesquisa da Tendências Consultoria Integrada, com base nas projeções do economista Adriano Pitoli.
Segundo ele, as maiores perdas ocorreram nos estados do Sudeste, mas o Nordeste não se livrou, dada a disseminação da recessão.
"Os estados que tinham uma dinâmica econômica atrelada às políticas do governo, que eram insustentáveis, de estímulo ao consumo, de um BNDES agigantado e de investimentos puxados por estatais, como a Petrobras, terão de fazer um esforço maior para voltar a se recuperar. É o caso de Pernambuco e do Rio de Janeiro", analisa Pitoli.
O Rio de Janeiro, cujo PIB encolheu 7,2% em dois anos, de acordo com o estudo, tem um dilema ainda maior. "Gastou-se muito tempo e muito dinheiro em investimentos que agora não se consegue tornar viáveis", alegou o economista, referindo-se às obras das Olimpíadas.
Nos estados em que o setor industrial está ligado diretamente ao comércio e serviços, como Amazonas e São Paulo, o desemprego acaba provocando um efeito dominó na economia. De acordo com o estudo, o Amazonas teve a maior queda acumulada de PIB, de 12,2%, nos anos de 2015 e 2016, enquanto em São Paulo o recuo acumulado em 2015 e 2016 foi de 6,9%.
"O peso da indústria é muito grande na economia do estado, apesar do setor de serviços já a ter ultrapassado. E, como os dois motores do setor, bens de consumo duráveis e de capital, são muito sensíveis ao crédito e ao emprego, é comum que retraia em momentos de recessão, desencadeando um efeito negativo em outros setores e segmentos atrelados", analisa André Grotti, responsável pela Assessoria de Política Tributária (APT) da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
O Espírito Santo teve o segundo pior desempenho, com queda de 11,5% no PIB, em 2015 e 2016. Lá, a economia foi afetada pelo desastre da Samarco, em Mariana (MG), que paralisação as atividades da mineradora.
De acordo com informações de O Globo, no Nordeste, a forte seca dos últimos anos também derrubou a economia. Os estados tiveram quedas no valor bruto da produção entre 8% e 44% na safra 2015/2016. Mas, para este ano, as perspectivas são positivas.
"Este ano, com as chuvas regularizadas, o Matopiba deve produzir entre 12 e 20 milhões de toneladas de grãos, voltando a ser responsável por 9% a 10% da safra brasileira", reforça Alan Malinski, assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Fonte:noticias ao minuto.
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