sábado, 7 de janeiro de 2017

Na Cidade de Surubim-PE ,recursos da repatriação são bloqueados e salário de servidores estão em atraso.


Parte dos servidores de Surubim, no Agreste, estão sem receber os salários de dezembro e alguns fornecedores da administração municipal não receberam o pagamento pelos serviços prestados devido a um imbróglio político envolvendo a atual prefeita, Ana Célia (PSB) e o ex-prefeito  Túlio Vieira (PT). Isso porque cerca de R$ 2 milhões, valor que o petista deixou programado para cair nas contas na última segunda-feira, foram bloqueados pela Justiça a pedido da socialista.

“O dinheiro entrou no dia 30 de dezembro. Com a repatriação e o FPM (Fundo de Participação dos Municípios), fizemos uma programação financeira para pagar a folha de dezembro, já que a prioridade são os servidores”, disse Túlio, acrescentando que cerca de R$ 1,4 milhão do Fundeb, que
já constava em caixa, também foi utilizado para pagar os servidores da educação. Por ter sido o último dia de expediente bancário em 2016, o petista afirmou que não conseguiu transferir todo o valor, mas garantiu que os depósitos estavam programados e que o restante deveria ter sido transferido na segunda-feira. Dos 1,7 mil servidores, ele disse que cerca de 600 conseguiram receber na semana passada. Cheques chegaram a ser distribuídos aos fornecedores com a promessa de que poderiam retirar o dinheiro nesta semana.

A atual prefeita confirmou que pediu o bloqueio dos recursos e disse que a medida foi para preservar o pagamento dos servidores. “Ele tinha priorizado os fornecedores. Até às 11h30 do dia 30, ele só havia pago fornecedor”, acusou. Ainda segundo ela, quando se compara o período de julho a dezembro de 2016 com o mesmo período de 2015, constata-se que houve um aumento no comprometimento da receita com os fornecedores. “Só em dezembro, num período de um ano o aumento foi de R$ 2,5 milhões”. Outra acusação é de que foi pago a uma empresa fornecedora de merenda o montante de R$ 250 mil, mas as escolas fecharam 10 dias antes do previsto devido à falta de comida.

Anteontem, a equipe jurídica da prefeita pediu o desbloqueio das contas para pagar os servidores e a decisão deve sair nos próximos dias. Contudo, cerca de R$ 700 mil, que iriam para os fornecedores, continuarão retidos até a atual administração realizar uma auditoria. “Não priorizei fornecedores, e sim a folha. Com relação à merenda, eles estão olhando a nota de dezembro achando que se refere apenas àquele mês, mas nós pagamos despesas que foram se acumulando ao longo de setembro, outubro e novembro. Eles não têm essa compreensão”, rebateu Túlio Vieira. A decisão sobre a liberação dos recursos ficará sob a responsabilidade de Joaquim Francisco Barbosa, juiz da segunda comarca da vara de Surubim.
Fonte:DP.

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