sábado, 24 de dezembro de 2016

Bomba Marcelo Odebrecht revela estratégia para manter Lula influente.

Em delação, Odebrecht disse que objetivo era manter Lula influente após sua saída da Presidência
Em delação, Odebrecht disse que objetivo era manter Lula influente após sua saída da Presidência
O ex-presidente e herdeiro da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, afirmou a procuradores da Operação Lava Jato que uma espécie de conta que a empreiteira mantinha em nome de Lula tinha o objetivo de manter o petista influente após sua saída da Presidência. As informações são da ‘Folha de S. Paulo’, e também divulgadas pelo site ‘BOL’.
Após Dilma vencer a eleição e assumir o poder, a expectativa era a de que o ex-presidente seguisse com relevância no cenário político. Preso há 1 ano e meio em Curitiba, Marcelo é um dos delatores que revelaram a maneira com que a empreiteira ajudou Lula a financiar o projeto.
De acordo com o herdeiro da Odebrecht e demais funcionários da empresa, foi criada uma “conta” financiada pela área chamada Setor de Operações Estruturadas, responsável por caixa 2 e pagamento de propinas.
Usada para a compra de um terrerno que abrigaria a sede do Instituto Lula, esta conta, batizada de “Amigo”, seria gerenciada pelo ex-ministro Antonio Palocci, que também está preso. O ex-assessor de Palocci, que também chegou a ficar preso, é apontado como um dos responsáveis pelo transporte do dinheiro em espécie que abastecia a conta.
Segundo a reportagem, há relatos de que que a construção do Instituto Lula seria vital para a consolidação do projeto de poder de Lula.
A aquisição do terreno, localizado na zona sul de São Paulo, é ponto central em uma das denúncias em que o ex-presidente é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Outro lado
O Instituto Lula disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comenta “supostas delações”. Declarou também que “delações não são prova, quanto mais supostas delações”.
Reafirmou ainda que o ex-presidente jamais solicitou qualquer vantagem indevida e que o espaço que abrigaria o Instituto Lula, que teria sido adquirido pela Odebrecht, “jamais foi do Instituto Lula ou de Lula”.
A nota também diz que mais de 20 testemunhas em depoimentos em Curitiba, incluindo os principais delatores da Lava Jato, não indicaram envolvimento do ex-presidente em desvios da Petrobras. “Repudiamos atribuições de intenções ou interpretações referentes ao ex-presidente Lula feitas de forma leviana pelo vazamento ilegal de versões de supostas delações que são sigilosas.”
Segundo a ‘Folha’, o advogado Roberto Batochio, que defende o ex-ministro Antonio Palocci e seu assessor, declarou que os fatos relacionados a seus clientes “não correspondem à verdade”. “Palocci nunca administrou conta alguma e Kontic nunca realizou a função de mensageiro dessa espécie”.

Fonte: BOL

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