A movimentação financeira do dono da Focal Confecção e Comunicação Visual – segunda maior fornecedora da campanha de 2014 da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) – Carlos Roberto Cortegoso, chegou a ser “69 vezes maior do que o valor dos seus rendimentos declarados” à Receita Federal. Conhecido como o “garçom do Lula”, o empresário de São Bernardo do Campo (SP) é investigado pela Operação Custo Brasil por ter escoado pelo menos R$ 309.000 da propina desviada no Ministério do Planejamento na gestão de Paulo Bernardo.
O empresário atua em campanhas do PT desde a década de 1990 e forneceu material gráfico e camisetas para todas as disputas presidenciais do partido desde 2002. Em 2014, os gastos com a Focal aumentaram ainda mais e chegaram a 23 milhões de reais. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investiga os pagamentos. Além da campanha presidencial, a empresa de Cortegoso recebeu 158.000 reais da candidatura da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher do ex-ministro Paulo Bernardo, que foi solto na última quarta-feira, depois de ficar seis dias preso.
O empresário ganhou o apelido de “garçom do Lula” porque trabalhou em um restaurante em São Bernardo do Campo (SP) frequentado pelo ex-presidente quando ainda era sindicalista. No fim dos anos 90, Cortegoso montou uma empresa de produção de camisetas e material de campanha. Com a chegada do PT ao Palácio do Planalto, em 2002, o negócio cresceu rapidamente e ele virou o principal fornecedor das campanhas do partido.
Fonte: Veja
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