segunda-feira, 4 de abril de 2016

Politica chove e não molha acompanhe quem são os escudeiros de um lado e do outro para o Impeachment da Dilma .


  • Cena de batalha: À esquerda, os escudeiros pró-impeachment: os deputados federais Paulinho da Força (SD-SP), Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Pauderney Avelino (DEM-AM) e Antonio Imbassahy (PSDB-BA). À direita, os escudeiros de Dilma Rousseff, contra o impeachment: os deputados federais José Guimarães (PT-CE), Wadih Damous (PT-RJ), Afonso Florence (PT-BA) e Jandira Feghali (PC do B-RJ)
A vitória numa grande batalha depende certamente da astuta estratégia de seus generais e comandantes, mas só se ganha de verdade no campo de batalha, com a entrega apaixonada e gloriosa de seus combatentes miúdos.
Na batalha do impeachment, os generais, ou, no linguajar de Brasília, caciques do governo e da oposição, colocam suas estratégias em movimento por meio de fiéis escudeiros, e deles dependem.
São deputados federais que estão na linha de frente para defender ou atacar o impeachment. E, para isso, usam qualquer expediente no campo de batalha. Estão sempre prontos a falar com jornalistas, sobem à tribuna para discursos inflamados, distribuem informações pelas redes sociais em tempo real e protelam ou não procedimentos, seja na própria comissão do impeachment, ou em outro embate dentro do Congresso Nacional.
Cada um tem seu estilo: uns são mais virulentos, outros são mais polidos.
A deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) é um exemplo de fiel escudeira. Um dos seus brados de guerra repete as ruas: "Não vai ter golpe!". Feghali está na comissão especial que analisa o impeachment e se destaca por pedir várias "questões de ordem".
O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), também integrante da comissão do impeachment, está sempre ao lado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de quem defende a idoneidade e o cargo, e gosta de colocar a questão econômica para atacar a presidente Dilma Rousseff. No 1º de maio do ano passado, ao lado de Cunha, chegou a chamar a presidente de "desgraçada".
Ser fiel escudeiro é tarefa também ingrata e envolve alguns riscos, exatamente pela alta exposição na linha de frente da batalha. Por exemplo, Paulinho da Força foi espinafrado por uma mulher no aeroporto de Brasília, que o chamou de "traidor". Esse escudeiro do impeachment reagiu esquecendo a temperança do "código de honra da cavalaria", alcunhando a mulher de "ladrona".
No dia seguinte foi a vez de a hoste governista provar da indignação popular: o fidelíssimo escudeiro José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, foi recepcionado com vaias, gritos de "Fora, PT", "Fora, cuecão" e uma "chuva" de réplicas de cédulas de dinheiro ao desembarcar no aeroporto de Fortaleza. Respondeu mais tarde em nota, dizendo que o "episódio é mais uma passagem lamentável do atual momento da política brasileira". Ele sempre repete aos quatro ventos, crente ser arauto e paladino da democracia, o brado retumbante: "Todos juntos, contra o golpe e os golpistas. Não vai ter golpe!".
Os escudeiros dos dois lados beligerantes têm outros dotes e armas, que podem surpreender o inimigo, como a habilidade de fazer a coreografia da dancinha da "Metralhadora", sucesso do Carnaval da Bahia. Por isso, se o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) de repente começar a dançar, muito, muito cuidado, olho nele!
Tudo somado, nos resta rogar: escudeiros do (e contra) o impeachment, olhai (cegai?) por nós.
Fonte:giro uol.

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