Parte dos professores da rede municipal de ensino do Recife cruzaram os braços ontem terça-feira (8), mesmo com o Tribunal de Justiça de
Pernambuco (TJPE) afirmando que o movimento grevista é ilegal. O Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) reivindica aumento salarial 11,36% para toda a categoria e melhores condições de trabalho. Esse foi o primeiro dia da greve dos professores da capital.
De acordo com o sindicato, aproximadamente 80% dos mais de 6 mil profissionais aderiram ao movimento nesta terça. A Prefeitura do Recife afirmou que 4210 professores estavam em sala de aula, totalizando 64% da categoria, e que 214 das 307 escolas e creches-escolas funcionaram, totalizado 70% da rede municipal de ensino.
A decisão de iniciar a greve nesta terça foi confirmada em uma assembleia realizada pelos professores no pátio da Câmara dos Vereadores. Os docentes recusaram a proposta da prefeitura, que era de 11,36% apenas para o primeiro nível dos docentes, com reajustes diferenciados para as outras três categorias.“Todo ano, há um cálculo que tem de ser aplicado ao menor salário dos professores, que são os de nível médio. Ao passo que isso acontece, tem que ter um repasse igual para a carreira dos professores. Hoje, o quantitativo de professores de nível médio, é muito pequeno. Aproximadamente 6 mil ficam de fora [com a proposta do governo]. Junto com isso, você destrói nosso plano de cargos e carreiras”, aponta a diretora do Simpere, Cláudia Ribeiro.
Em nota, a prefeitura afirmou que suspendeu as negociações com os professores devido à greve, “por entender que o sindicato não respeitou o processo de negociação”. O poder municipal alegou ainda que está cumprindo o piso salarial do magistério e que só volta a negociar quando os professores encerrarem o movimento.
Uma nova assembleia dos professores está marcada para a sexta-feira (11). O sindicato da categoria informou ainda que vai recorrer da decisão que decretou a ilegalidade da greve.
Fonte:G1.
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