primeiros 15 dias do mês. Na segunda quinzena, em média, o movimento nas lojas chega a cair 70%. “Assim que meu pagamento sai, corro para o supermercado. Estoco tudo o que posso, de comida a produtos de limpeza. Assim, não corro o risco de ficar sem comida quando o dinheiro acabar”, diz a aposentada Suzana Santos Silva, 67 anos. Assustada, ela treme só de pensar na possibilidade de o país voltar aos tempos anteriores ao Plano Real. “Seria o caos”, afirma.
Pelos cálculos da Associação Paulista de Supermercados (Apas), que acompanha o movimento do principal centro consumidor do país, 40% do volume total de vendas do setor estão concentrados nos 10 primeiros dias do mês. Aos poucos, diz o gerente do departamento econômico e de pesquisas da entidade, Rodrigo Mariano, está se voltando ao quadro que prevalecia antes do Plano Real, quando de 60% a 70% das vendas se concentravam nos primeiros 10 dias. “É bem provável que esse movimento se aprofunde ao longo do tempo, se a inflação não cair”, avalia. “A alta dos preços é muito ruim para os consumidores, sobretudo os mais pobres”, emenda. A inflação está em alta desde 2011, quando Dilma Rousseff tomou posse. Em 2015, atingiu 10,67%, a maior em 13 anos. Em janeiro, os alimentos computaram o maior reajuste para o mês: 2,28%.
Fonte:CorreioBraziliense.
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