quarta-feira, 22 de março de 2017

Atenção Brasileiros falando de carne bovina de ave e suína, será que elas são fracas mesmo?


Será que o que foi divulgado pela Polícia Federal e principalmente a forma foi correto? Estamos falando de situações que são regra geral ou exceção?

No texto que fiz ontem envolvendo o tema, fiz questão de deixar clara a relação, infelizmente para nós patente, como quase tudo que envolve fraude no setor público, com a política/politicagem que fomenta a máquina, sugando-a para satisfação de seus próprios interesses.
E justamente a partir de algumas irresignações a essa constatação para nós clarividente, nos veio a preocupação de indagar se com relação a carne objeto específico da investigação da polícia federal, temos a qualificação de fraca como contexto geral, semelhante ao que acontece em nossa política ou se foi algo tópico e que na realidade demonstra em relação ao todo que estamos sendo rigorosos na vigilância sanitária e por isso ganhamos o mercado internacional.
E esta preocupação tem dois escopos: primeiro tranquilizar, se for o caso, o próprio brasileiro que desde sexta-feira está assustado sem saber se come ou não as nossas carnes ante a maneira com que as coisas foram colocadas na mídia, segundo em relação ao mercado externo, que como dito tem o Brasil como um dos maiores exportadores de carne no mundo, sendo reconhecido até então pela qualidade de sua carne, logo que contraste ante a operação da polícia federal.
Por fim, abordaremos ainda a questão da forma de se expor algumas operações, que se mal feitas podem trazer danos irreversíveis a alguns setores, como a da operação comentada e tanto é verdade que o governo brasileiro foi ágil em se reunir com vários embaixadores e ao mesmo tempo tentou imprimir a maior transparência possível, justamente para acalmar os ânimos, pois a histeria que vimos desde sexta não é bom para ninguém, colocando o nosso país numa situação econômica bem pior do que já nos encontramos.
Ou seja, temos que caso a caso verificar o que é necessário realmente divulgar antes do término das investigações e a principalmente a forma como fazer e dentro da preocupação técnica de cada situação, pois nesse peculiar caso já se comenta que algumas coisas que a Polícia Federal considerou irregular é uma prática legal e aceita inclusive em alguns países, como por exemplo, a forma de acondicionamento de alguns produtos em papelão e não a presença desse dentro das carnes como foi exposta. A mídia evidentemente exagera como cediço, contudo se de um modo geral a forma de colocação do problema tivesse sido feita de outro jeito não teríamos a repercussão que teve, já que não sabemos, por enquanto, se tudo o que está sendo investigado, ocorre como regra geral ou exceção.
E desde já mencionamos que mesmo não sendo preocupação a ser levada em consideração quando se trata de fraude ou corrupção, os investigadores, por óbvio, têm que ter cautela na hora de repassar as informações para mídia, pois sabemos que esta sempre tem interesses variáveis e molda a notícia da forma que melhor lhe convier.
E, por exemplo, agora será que ela não tem outros interesses, além dos aqui trazidos ao dá destaque a tudo da operação carne fraca?
Os leitores já me conhecem e sabem que só falo do que entendo e sinceramente não tenho conhecimentos mais específicos sobre produção de carnes, mas a partir de um depoimento de um funcionário do setor que recebi via whatsap e que reproduzirei abaixo, fiz questão de abordar o tema a fim de esclarecermos a população em um momento tão delicado quanto esse:
“Do outro lado tem sempre um outro lado. Para o necessário debate. *FALTA RESPONSABILIDADE NA VEICULAÇÃO DE NOTÍCIAS POLÊMICAS, PRINCIPALMENTE AQUELAS QUE PODEM TRAZER PREJUÍZOS INCALCULÁVEIS AO PAÍS.* Leiam com atenção as informações que apresento abaixo e se concordarem podem compartilhar, pois estão baseadas nos resultados das investigações. Vamos analisar, com muita cautela e atenção, esta notícia polêmica em relação a CARNE BRASILEIRA, veiculada nas mídias de TV, Jornais e Redes Sociais. Vejamos alguns dados reais da situação apurada pela polícia federal na operação Carne Fraca: a) Foram dois anos de investigações em praticamente todas as plantas frigoríficas do país, para chegar a *21 unidades não conformes* entre 4837 (menos de 0,5% do total) e *33 funcionários envolvidos nas fraudes* entre 11.000 (0,3% do total). B) Depois de 2 anos de investigação, concluiu-se que *99,5% DAS UNIDADES FRIGORÍFICAS *ESTÃO DENTRO* DOS PADRÕES DE SEGURANÇA. C) Após toda a investigação, viu-se que *99,7% DOS FUNCIONÁRIOS* DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, *NÃO COMETERAM NENHUMA IRREGULARIDADE.* Obs: Protejam o seu país, não veicule mensagens que tragam prejuízo à imagem do Brasil, apenas porque receberam um post ou mensagem de WhatsApp ou assistiram os telejornais em suas TV's. Na maioria das vezes é um desserviço ao seu país. Caros amigos, como alguns de vocês sabem, trabalho na JBS há dez anos, moro nos EUA e estou responsável pela operação da América do Norte e Austrália, onde temos mais de 80 fábricas, milhares de funcionários no nosso time, posição de liderança em cada Mercado que atuamos e somos reconhecidos pela qualidade dos nossos produtos. Nos últimos dois dias, uma série de reportagens de mídias como CNN, WSJ, New York times e outros publicam o que seria o “escândalo da carne podre no Brasil”. Como consequência da minha responsabilidade, conheço bem a produção de carnes nos EUA, Canadá, México, Europa, Austrália, Nova Zelândia e Brasil, e do meu ponto de vista, os fatos são: - O Brasil é o líder mundial da exportação de carne de boi e frango, consequência da qualidade dos milhares de produtores rurais, eficiência da indústria, controle sanitário e qualidade dos produtos; - O Brasil exporta para mais de 100 países, entre eles os mercados mais exigentes em controle sanitário e de qualidade (EUA, Europa, Japão, etc.), que, para aprovarem o Brasil, enviam missões que auditam as fábricas. Os produtos exportados também são auditados para entrar nos mercados de destino; - As fábricas que produzem os produtos para exportação, também produzem a mesma qualidade de produtos para o Mercado interno; portanto, posso afirmar que na absoluta maioria das plantas com selo do SIF (Serviço de Inspeção Federal), o brasileiro consome um produto de excelente qualidade e padrão dos mercados mais exigentes; - A indústria de carne (boi, frango e suíno) gera milhões de empregos no Brasil, na sua massacrante maioria, gente séria, que trabalha duro para produzir um produto de qualidade e respeitado mundialmente; - A indústria de carne gera mais de US$10 bilhões em exportações para o Brasil; - Em dezenas de visitas que fiz com grupos de clientes e produtores de outros países em fábricas no Brasil, eles sempre ficaram impressionados com a qualidade; - Numa investigação de 2 anos, numa indústria com mais de 2.800 fábricas, a PF confirmou irregularidades em 3 fábricas, 0.1% (nenhuma da JBS). A irresponsabilidade de alguns agentes públicos e mídia pela generalização de alguns fatos isolados de qualidade de produtos é um crime contra o Brasil e um enorme desrespeito a milhões de pessoas que trabalham direta ou indiretamente no agronegócio brasileiro. Certamente numa indústria tão ampla existem algumas empresas e indivíduos que intencionalmente burlam regras. Nos casos que acontecem aqui nos EUA, as empresas são investigadas e, se comprovado o problema, punidas. Mas jamais se permite colocar a reputação da indústria inteira e das empresas corretas em risco. Obrigado, André Nogueira”
Reforçando as informações supra, vimos domingo no Fantástico e publicizamos imediatamente em nossas redes sociais, fazendo o papel de verdadeiro cidadão, a entrevista do fiscal que denunciou a polícia federal inicialmente o que estava acontecendo em dois frigoríficos e com isso tivemos dois anos de investigação, tendo ao final o fiscal sido claro que de um modo geral a nossa carne é bem fiscalizada e, por conseguinte temos qualidade e que o problema reside justamente na hora em que a política passa a intervir nos aspecto técnico, como aconteceu com sua pessoa topicamente e aí verdadeiramente precisamos de mais transparência.
Desta forma, continuo indagando e precisamos da mesma forma que iniciamos, com transparência e agilidade uma resposta rápida do Estado, a qual inclusive já enunciou que haverá uma auditoria urgente nos 21 frigoríficos que estão sob suspeitas, de forma que possamos avaliar se realmente estamos diante de um quadro excepcional ou se se trata de uma questão geral como a carne fraca da corrupção em nosso país. Dentro desse contexto, ainda ter que se avaliar essa outra informação não trazida diretamente pela operação e que me foi repassada por WhatsApp via áudio com contraponto ao depoimento supra
Agora falando de carne bovina de ave e suna ser que elas so fracas mesmo
O Ministério da Agricultura cumprindo a ordem do Presidente vem sendo ágil e transparente e isso é bem alvissareiro, pois em outros tempos tínhamos de propósito as coisas amornando, o que já demonstra a partir da própria operação Lava Jato e os seus três anos que temos mudança, já que os políticos sentem que o povo já não mais aceita que as coisas aconteçam e não se faça mais nada.
Por fim, como prometido, encerraremos esse pequeno texto com a esperança de que os leitores podem a partir dos dois lados continuar acompanhando se a nossa carne é fraca, já que a que me referi no primeiro texto ainda é e principalmente afira com o devido cuidado informações que são passadas, mesmo que pela polícia federal, como gerais e isso com certeza nos traz vários problemas, alguns irreversíveis, daí o dever que temos de nos informar e não repassar como verdadeiras informações que não sabemos que verdadeiramente seja.
E nesse terceiro e último aspecto ainda mencionamos como fazemos na área política, que não podemos condenar ninguém antecipadamente, logo tanto as pessoas em específico envolvidas não podem ser tidas como culpadas e nem mesmo podemos ter como regra geral tudo que foi publicizado sem o devido processo legal, logo a apuração rigorosa e sem qualquer intervenção política é o que o povo brasileiro espera e tem que cobrar.
Destarte, além de exigir o cumprimento de nossos direitos como cidadãos, temos por outro lado, vários deveres como cidadão, como o que apontamos aqui, logo para que possamos com total legitimidade cobrar do Estado e dos nossos semelhantes os nossos direitos, o mais razoável é que cumpramos os nossos deveres primeiros, em especial hoje aqueles que dizem respeito ao acompanhamento de tudo que está acontecendo a fim de que tenhamos uma democracia efetivamente participativa.
Fonte:jusbrasil

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